Algumas reflexões depois de assistir a "Amor", de Michael Haneke.
Adolescente, eu já achava bizarra a certeza com a qual alguns amigos se
expressavam: "Se eu ficar 'assim'", diziam, "eu me mato na hora. E, por
favor, se eu não me matar, seja generoso comigo, mate-me você".
O "assim" que justificava tamanha convicção dependia de relatos,
leituras e filmes -ia desde uma impotência sexual talvez passageira (mas
que parecia acabar com o charme da vida) até a condição terrificante do
protagonista de "Johnny Vai à Guerra", livro e filme de Dalton Trumbo: o
soldado Joe, sem braços, sem pernas, sem rosto, parece ser apenas uma
carne disforme, enquanto a mente dele continua funcionando.
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