domingo, 26 de setembro de 2021

SAUDADES DO QUÊ? - MICHEL LAUB

 

Renato Russo, o rock brasileiro e o bolsonarismo


Existe um fenômeno curioso no YouTube. Nos vídeos de rock/pop nacional dos anos 1980-90, por mais irrelevantes que sejam a canção e o artista, os comentários costumam celebrá-los como emblemas de uma época de ouro, quando o cenário musical do país ainda não estaria tomado por marketing e vulgaridade estética. “Como pode tanta música legal numa década só?!!!”, pergunta um desses palpiteiros depois de ouvir Transas e Caretas (1984), do Trio Los Angeles. “As pessoas realmente se divertiam”, sentencia outro na página de um playback de Meu Ursinho Blau Blau (1983), do Absyntho, apresentado no programa da Angélica. “Hj VC vê no alta horas o cantor tá cantando os jovens tudo parado, lesados, parecem zumbis, congelados, só se divertem se tiver bebidas e drogas.”[1]

domingo, 19 de setembro de 2021

Livro sobre a repressão às artes mostra como censores eram paranóicos e mal informados - Sérgio Augusto

 O inventário cobre até nossos dias, com as mordaças providenciadas nos últimos 33 meses pelo governo Bolsonaro


Dois magistrados afinados com o jeito Bolsonaro de ser e nos envergonhar aplicaram uma rasteira em Chico Buarque e Caetano Veloso . Um deles proibiu Chico de não aceitar ser garoto-propaganda da candidatura do governador gaúcho à 3ª via ; o outro impediu que o pastor Marco Feliciano pagasse o que deve por haver xingado Caetano de “pedófilo”.

sábado, 28 de agosto de 2021

Glauber e Ruy - Sérgio Augusto

Imprevisível, mudava de opinião sobre filmes e pessoas com desconcertante rapidez

O Estado de S. Paulo 28/08/2021

Só dias atrás fui me dar conta de que Ruy Guerra nasceu no mesmo dia (22 de agosto) em que Glauber Rocha morreu. Com meio século de diferença, claro. Se, além da mera coincidência, algum simbolismo houver, que outro o identifique e explore.

domingo, 8 de agosto de 2021

Tragédias explicam por que agosto é conhecido como 'mês do desgosto' - Sérgio Augusto

 Quando a má fama nasceu? Talvez com o suicídio de Cleópatra, a 10 ou 12 de agosto de 30 a. C.


Já estamos há sete dias no mês de agosto e o mundo, que eu tenha notado, não acabou. Se o apocalipse estiver agendado para daqui a seis dias, só na sexta-feira (13!) Ficaremos sabendo. A última vez que o mundo ficou de acabar foi em 2012: predição pré-colombiana, de origem maia, furada como as que a antecederam e sucederam.

domingo, 25 de julho de 2021

Desde os tempos de Platão, os Jogos Olímpicos servem aos interesses da política e do comércio - Sérgio Augusto

 Festim para as elites cosmopolitas, os Jogos sacrificam primeiro as comunidades mais carentes

Aliás - O Estado de São Paulo

Japão não dá sorte com a Olimpíada . Os Jogos de 1964 tiveram de ser empurrados para o outono por causa da canícula que escaldou a ilha naquele verão. Desta vez foi uma pandemia. Estamos assistindo com um ano de atraso à Tóquio 2020 . Com os mesmos problemas que justificaram seus adiamentos anteriores. Não só a pandemia persiste, com variantes indomáveis, como o calor deste verão na terra do sol nascente promete ser o mais inclemente dos últimos tempos.

sábado, 17 de julho de 2021

Rebeldia teen - Sérgio Augusto

Gostaria de saber como os jovens de hoje reagem a ‘O Apanhador no Campo de Centeio’

O Estado de São Paulo / 17/07/2021

Para brasileiros e uruguaios, 16 de julho é uma data histórica pelo que aconteceu no Maracanã no jogo decisivo da Copa de 1950. Na história da literatura, o dia de ontem pertence a Catcher in the Rye , o romance que celebrizou JD Salinger, lançado pela Little, Brown justo um ano depois do Maracanazo, e aqui traduzido, tempos depois, pela visionária Editora do Autor (de Rubem Braga e Fernando Sabino) com o título de O Apanhador no Campo de Centeio .

domingo, 2 de maio de 2021

domingo, 4 de abril de 2021

Paris o sesquicentenário da histórica comuna - Sérgio Augusto

 Ela foi a réplica da arraia-miúda à revolução burguesa de 1789, que alguns confundem com as agitações de 20 anos antes

- O Estado de S. Paulo


O delegado do Dops quis saber se eu era comunista. “Não”, respondi. “Gostaria de ter sido communard”, complementei. O beleguim, apesar de visivelmente desconcertado pelo complemento, não deu o braço a torcer, e foi dormir sem perguntar e muito menos saber o que diabos eu queria dizer com “comu...comunar”. Se mais instruído e safo, teria perguntado: “E por que não foi isso aí?” Ao que eu responderia: “Porque não tinha idade.”

domingo, 21 de março de 2021

domingo, 21 de fevereiro de 2021

Sérgio Augusto - Como Pinochet influencia a extrema-direita contemporânea

 Gangues pró-Trump usam símbolos do ex-ditador chileno e se inspiram em grupos paramilitares como o Patria y Liberdad, bancado pela CIA e surgido no Chile logo após a eleição de Salvador Allende