Certa
vez participei de uma mesa em torno do lançamento de um livro de meu
amigo Alberto Pucheu. Ele contou que relera alguns de seus livros e
chegara à conclusão de que o núcleo de identidade que os atravessava não
estava tanto nas ideias quanto no modo de escrever, na cadência da
frase, na sintaxe: “Eu sou um ritmo”, ele concluiu. Essa cena me veio à
cabeça porque reli hoje (à procura de uma informação que julgava estar
lá) uma entrevista que concedi há alguns anos. O entrevistador gravou a
conversa, mas, para minha perplexidade (e decepção e indignação), quando
li o resultado final, depois das intervenções dele, não me reconheci no
texto: as ideias estavam adulteradas por paráfrases desajeitadas e meu
ritmo tinha uma cadência tão graciosa quanto a de um desses bailarinos
do Bolshoi quando vão sambar na Mangueira. Diante daquele espelho, me
senti como Cristo se sentiria vendo a restauração de seu retrato feito
pela tal senhora espanhola, que virou hit mundial.
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quarta-feira, 6 de março de 2013
A exatidão como problema - ROBERTO DaMATTA
O Estado de S.Paulo - 06/03/2013
Lembre-se, disse o dr. Bastos de Paula, um contador que se via como matemático, você tem que ser preciso: só há uma resposta!
Fiquei cismado. Naquela noite, comemorávamos mais uma vitória política (o nosso principal inimigo havia dito uma tolice) e, embora eu tivesse tomado muitas cuias de cauim, nem a animação dos radicais me distraiam, confessou Antenor Barbado, um etnólogo que voltava de uma longa viagem de pesquisa com a tribo dos kongrás e estava tão magro que parecia um tísico.
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Lembre-se, disse o dr. Bastos de Paula, um contador que se via como matemático, você tem que ser preciso: só há uma resposta!
Fiquei cismado. Naquela noite, comemorávamos mais uma vitória política (o nosso principal inimigo havia dito uma tolice) e, embora eu tivesse tomado muitas cuias de cauim, nem a animação dos radicais me distraiam, confessou Antenor Barbado, um etnólogo que voltava de uma longa viagem de pesquisa com a tribo dos kongrás e estava tão magro que parecia um tísico.
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Além da vitória - TOSTÃO
FOLHA DE SP - 06/03
Após um longo período de vitórias, grandes times e craques tendem à inércia, ao fastio
Há mais de um ano, em todas as partidas que Kaká jogou pelo Real Madrid, ele não brilhou como em seus melhores momentos, mas se movimentou como no Milan. Ele é reserva no Real porque Özil é um dos melhores meias do futebol mundial. Por isso, e pelo que jogou nas partidas com Mano Menezes, Kaká merece estar na seleção. Fora isso, nada tão relevante na convocação.
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Após um longo período de vitórias, grandes times e craques tendem à inércia, ao fastio
Há mais de um ano, em todas as partidas que Kaká jogou pelo Real Madrid, ele não brilhou como em seus melhores momentos, mas se movimentou como no Milan. Ele é reserva no Real porque Özil é um dos melhores meias do futebol mundial. Por isso, e pelo que jogou nas partidas com Mano Menezes, Kaká merece estar na seleção. Fora isso, nada tão relevante na convocação.
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Lupin no Vaticano - RUY CASTRO
FOLHA DE SP - 06/03/2013
RIO DE JANEIRO - Nesta segunda-feira, um australiano disfarçou-se de bispo, foi ao Vaticano e infiltrou-se na abertura da Congregação Geral, a preliminar do conclave que escolherá o novo papa. Burlando normas de segurança, o penetra conseguiu chegar à Sala Paulo 6°, onde se reuniam cem cardeais. Juntou-se a eles, cumprimentou vários e se deixou fotografar em grupo. Descoberto, foi retirado da Santa Sé, não se sabe se pedalando o ar, e posto na rua.
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RIO DE JANEIRO - Nesta segunda-feira, um australiano disfarçou-se de bispo, foi ao Vaticano e infiltrou-se na abertura da Congregação Geral, a preliminar do conclave que escolherá o novo papa. Burlando normas de segurança, o penetra conseguiu chegar à Sala Paulo 6°, onde se reuniam cem cardeais. Juntou-se a eles, cumprimentou vários e se deixou fotografar em grupo. Descoberto, foi retirado da Santa Sé, não se sabe se pedalando o ar, e posto na rua.
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A hora dos bota-foras - ZUENIR VENTURA
O GLOBO - 06/03/2013
Houve um momento em que os abaixo- assinados pareciam tão fora de moda que uma amiga pensou em escrever uma peça chamada "O fim dos manifestos e os 3 Z", uma referência aos nomes que, por ordem alfabética, encerravam quase sempre esses documentos de protesto político nos anos 60: Zelito, Ziraldo e Zuenir.Mas eis que, de repente, eles voltaram a ser um eficiente instrumento de ação política, com a ajuda da internet. Foi graças a um deles, por exemplo, que surgiu uma revolucionária iniciativa popular: a Lei da Ficha Limpa. Reunindo 1,3 milhão de assinaturas, a petição virou projeto, que foi aprovado em 2010 na Câmara, no Senado e sancionado pela presidente da República.
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Houve um momento em que os abaixo- assinados pareciam tão fora de moda que uma amiga pensou em escrever uma peça chamada "O fim dos manifestos e os 3 Z", uma referência aos nomes que, por ordem alfabética, encerravam quase sempre esses documentos de protesto político nos anos 60: Zelito, Ziraldo e Zuenir.Mas eis que, de repente, eles voltaram a ser um eficiente instrumento de ação política, com a ajuda da internet. Foi graças a um deles, por exemplo, que surgiu uma revolucionária iniciativa popular: a Lei da Ficha Limpa. Reunindo 1,3 milhão de assinaturas, a petição virou projeto, que foi aprovado em 2010 na Câmara, no Senado e sancionado pela presidente da República.
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