Tchaikovsky pôs ali todo o seu talento melódico, sugerindo que nossa vida é ao mesmo tempo triste e ridícula
Tenho uma certa dificuldade com óperas, confesso. A melodia é tão
importante para mim que, quando ela se esconde ou quase some atrás da
fala, lá se vai o meu barato. Tenho dificuldades parecidas com o rap e —
por favor, não cuspa em mim na rua — com Leonard Cohen cantando, quer
dizer, declamando Leonard Cohen. Em vozes alheias, as músicas do poeta
canadense podem ser gloriosas. Na própria, monocórdia, nunca me
entusiasmaram. Não ajudam, claro, os vocais de apoio e arranjos cafonas.
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