domingo, 9 de julho de 2023

A VIÚVA - THALLYS BRAGA

 A VIÚVA 

As astúcias da misteriosa companheira de Gal Costa – e o impacto na carreira da cantora

THALLYS BRAGA


Gal Costa, vestindo um conjunto de cetim preto e com os cabelos armados ao vento, andava de um lado para o outro na coxia escura. Lá fora, milhares de pessoas se espremiam numa praça de Vitória da Conquista, na Bahia, esperando para ouvi-la. Estava tudo pronto para o show começar – o violão afinado, a mesa de som regulada –, mas Gal se recusava a ligar o microfone. Tinha medo de subir no palco e ser algemada pela polícia na frente de todos. Mais cedo, naquele domingo de dezembro de 2012, uma viatura policial havia estacionado na porta da pousada onde a artista se hospedava e intimado a sua companheira e empresária, Wilma Petrillo, a prestar depoimento na delegacia, sob a acusação de ameaçar e perseguir o médico Bruno Prado, então com 31 anos.

domingo, 18 de dezembro de 2022

“O SHOW DE JAIR” Como o PT enfrentou a milícia digital bolsonarista - Breno Pires


instantâneos eleitorais I

“O SHOW DE JAIR”

Como o PT enfrentou a milícia digital bolsonarista

Breno Pires | Edição 195, Dezembro 2022

Quando tomou o voo de Portugal para o Brasil, o casal Fernanda Sarkis e Marcus Nogueira trazia uma bagagem preciosa. Brasileiros, ela mestre em comunicação política pela Universidade do Porto e ele sociólogo, Sarkis e Nogueira haviam feito um mapeamento da extrema direita portuguesa no universo digital que ajudou o Partido Socialista a conquistar uma inesperada maioria nas eleições legislativas do início do ano. Enquanto cruzavam o Atlântico, no mês de fevereiro, a campanha no Brasil estava longe de começar, mas o PT já andava às tontas com um desafio enorme: como enfrentar a milícia digital de Jair Bolsonaro, que se provou tão eficaz na eleição de 2018? Baseados na experiência em Portugal, Sarkis e Nogueira achavam que tinham a resposta.

sábado, 5 de novembro de 2022

Sem medo de errar - Martha Medeiros

 

'Não sou rigorosamente com os outros, mas comigo sem per fui tirana, não me permitia falhar. Ainda me permito pouco: sou exemplar cumpridora de tarefas, atenta, educada'

O que a mídia pensa em 05/11/2022 - Editoriais / Opiniões

 O que a mídia pensa em 05/11/2022 - Editoriais / Opiniões

Miguel Reale Júnior - Não há dois Brasis

Que Lula, com sua experiência, saiba, além de governar, conciliar esta nação conflagrada pela direita populista.


 O Estado de S. Paulo

No Palácio da Alvorada, durante dois dias Jair Bolsonaro percorreu corredores, solitário, desvairado, esperando a intervenção não dos militares, mas dos deuses para confirmar ser ele um mito de pés firmes, que salva o País das garras do maléfico. Mas, na verdade, Bolsonaro não passa de um blefe, de um mito de pés de barro, que iludiu quase metade da população, mulheres e homens crédulos, atemorizados hoje, como nos antigos tempos da guerra fria, diante do perigo do “comunismo”. Essa ameaça imaginária ocorreu, mas há outros ingredientes a serem analisados.

Bolívar Lamounier* - Liderar um mundo de crises convergentes

A pandemia e a guerra na Ucrânia são o pano de fundo da estratégia traçada pelo Clube de Madri para os próximos três anos


 O Estado de S. Paulo

Em 2001, exatamente um mês após o ataque terrorista contra as Torres Gêmeas em Nova York, um grupo de ex-presidentes e ex-primeiros-ministros reuniu-se em Madri com o objetivo de defender e promover a democracia contra as crescentes ameaças que vinham surgindo no plano internacional.

João Gabriel de Lima - Uma causa para unir o Brasil

Talvez chegue o dia em que todos seremos recebidos como habitantes do ‘país da Amazônia’


 O Estado de S. Paulo

“É brasileiro?”, pergunta o funcionário do aeroporto egípcio, ao olhar meu passaporte. “Que bom! É o país da Amazônia.” É a primeira vez que me saúdam como alguém que vem de um lugar que tem uma floresta. Não deve ser por acaso. Estou em Sharm El-Sheikh, cidade que abrigará a COP-27, a conferência do clima. Os oficiais da imigração devem ter recebido informações para conversar com os visitantes. Gostei do rótulo, melhor que ser identificado como um conterrâneo de Neymar. Mas não sei se mereço.

Eduardo Affonso - A metáfora x o metaverso

 O Globo

Segundo uma lógica peculiar, avatares amarelos e embandeirados estão lutando por democracia enquanto clamam por um golpe

Receio que os próximos quatro anos não sejam, no Brasil, de embate entre progressistas e conservadores, mas entre os que optaram por viver na metáfora e os que embarcaram, de mala e cuia, rumo ao metaverso.

Pablo Ortellado - A estratégia golpista

Não dá para saber exatamente para onde o movimento caminha

 O Globo

Sem nenhuma surpresa, Bolsonaro reagiu à derrota com uma ardilosa trama golpista que, ao que tudo indica, está fracassando.

Ascânio Seleme - Anistia, não

É preciso julgar e condenar, ou absolver, os crimes cometidos por Jair Bolsonaro em seus quatro anos de mandato

O Globo


O cidadão Jair Messias Bolsonaro deve pagar por todos os crimes cometidos pelo presidente Bolsonaro nos seus quatro anos de mandato. Não são poucos, não são banais. Deixar o futuro ex-presidente impune seria um insulto à Nação e um risco enorme à democracia mais adiante, dada a sua capacidade de aglutinação política. Somente listados pela CPI da Covid, são nove os crimes a ele imputados. No total, somam mais de 40. Nenhum deles avançou graças ao procurador-geral Augusto Aras, o mais importante engavetador de processos contra presidentes desde Geraldo Brindeiro. O deputado Arthur Lira também colaborou, sentando sobre 95 pedidos de impeachment originais, sete aditamentos e 47 pedidos duplicados.

domingo, 26 de setembro de 2021

SAUDADES DO QUÊ? - MICHEL LAUB

 

Renato Russo, o rock brasileiro e o bolsonarismo


Existe um fenômeno curioso no YouTube. Nos vídeos de rock/pop nacional dos anos 1980-90, por mais irrelevantes que sejam a canção e o artista, os comentários costumam celebrá-los como emblemas de uma época de ouro, quando o cenário musical do país ainda não estaria tomado por marketing e vulgaridade estética. “Como pode tanta música legal numa década só?!!!”, pergunta um desses palpiteiros depois de ouvir Transas e Caretas (1984), do Trio Los Angeles. “As pessoas realmente se divertiam”, sentencia outro na página de um playback de Meu Ursinho Blau Blau (1983), do Absyntho, apresentado no programa da Angélica. “Hj VC vê no alta horas o cantor tá cantando os jovens tudo parado, lesados, parecem zumbis, congelados, só se divertem se tiver bebidas e drogas.”[1]

domingo, 19 de setembro de 2021

Livro sobre a repressão às artes mostra como censores eram paranóicos e mal informados - Sérgio Augusto

 O inventário cobre até nossos dias, com as mordaças providenciadas nos últimos 33 meses pelo governo Bolsonaro


Dois magistrados afinados com o jeito Bolsonaro de ser e nos envergonhar aplicaram uma rasteira em Chico Buarque e Caetano Veloso . Um deles proibiu Chico de não aceitar ser garoto-propaganda da candidatura do governador gaúcho à 3ª via ; o outro impediu que o pastor Marco Feliciano pagasse o que deve por haver xingado Caetano de “pedófilo”.

sábado, 28 de agosto de 2021

Glauber e Ruy - Sérgio Augusto

Imprevisível, mudava de opinião sobre filmes e pessoas com desconcertante rapidez

O Estado de S. Paulo 28/08/2021

Só dias atrás fui me dar conta de que Ruy Guerra nasceu no mesmo dia (22 de agosto) em que Glauber Rocha morreu. Com meio século de diferença, claro. Se, além da mera coincidência, algum simbolismo houver, que outro o identifique e explore.

domingo, 8 de agosto de 2021

Tragédias explicam por que agosto é conhecido como 'mês do desgosto' - Sérgio Augusto

 Quando a má fama nasceu? Talvez com o suicídio de Cleópatra, a 10 ou 12 de agosto de 30 a. C.


Já estamos há sete dias no mês de agosto e o mundo, que eu tenha notado, não acabou. Se o apocalipse estiver agendado para daqui a seis dias, só na sexta-feira (13!) Ficaremos sabendo. A última vez que o mundo ficou de acabar foi em 2012: predição pré-colombiana, de origem maia, furada como as que a antecederam e sucederam.