terça-feira, 25 de junho de 2013

MARINA SEM CENSURA

 O Globo - CL. Gente Boa - 25/06/2013

Cantora fala sobre assuntos polêmicos antes de show no Rival


No camarim. Marina Lima falou sobre cura gay, descriminalização da maconha e sua mudança para São Paulo

As manifestações de quinta-
feira passada fizeram
com que Marina Lima
cancelasse o show “Maneira
de ser”, no Teatro Rival. Na sexta,
ela se apresentou normalmente
e, no camarim, contou à
coluna que o cancelamento do
dia anterior “foi por uma boa
causa”. “Os protestos têm todo
o meu apoio. As pessoas querem
hospitais no padrão Fifa.”

Marina explicou que o show é
um recorte do seu livro, de
mesmo nome. “Tem coisas relevantes
da minha carreira,
que fizeram de mim o que
sou.” Conta que, no palco, fala
de seus afetos: “Amigos, amores,
família, Tom Jobim, bichos,
mar. Também de droga.”

Droga, como assim?, quer saber
o repórter. “O Brasil tem
que se tornar Primeiro Mundo
nessa questão. É preciso diferenciar
a maconha da cocaína,
por exemplo. Se liberam o álcool,
por que não liberar a maconha?
Ela precisa ser descriminalizada.”
O papo em seguida
é sobre a cura gay

“O Feliciano é um cara engraçado.
Quando o país inteiro está
focado numa coisa séria,
vem ele e inventa alguma bobagem
para chamar a atenção.
É estratégico. Mas a hora dele
vai chegar.”

Marina se mudou para São Paulo
porque chegou à conclusão
de que lá tem mais mercado de
trabalho. “Também porque
achei importante mudar”.



“Sou carioca da gema, adoro o
Rio, mas chegou um momento
em que eu já estava virando
uma propriedade da cidade, como
o Cristo Redentor.”

Marina está gostando de São
Paulo. “Parece que estou no
exterior. Está sendo muito saudável.
Mas o mar continua
dentro de mim.”

A iluminação do Rival passou
por mudanças para ficar mais
aconchegante. “Botamos 50
lâmpadas vermelhas para dar
o clima que a Marina gosta. Ela
jamais receberia alguém em
casa com uma luz fria”, comenta
o diretor Marcio Debellian.