domingo, 19 de janeiro de 2014

CARIOCAS SÃO BACANAS

CL Gente Boa 
O Globo 19/01/2014

Filme exalta a felicidade de quem nasceu no Rio ou escolheu a cidade para morar, apesar de seus problemas 


Um carinho na cidade. É
isso que faz o documentário
“Carioca —Os caras e as caras”, de Libero
Saporetti, que tem pré-estreia
marcada para terça-feira, no
Espaço Itaú de Cinema.

O filme é uma declaração de
amor ao Rio, com depoimentos
de gente daqui e de quem
adotou a cidade e acabou se
apaixonando por ela.

Foi o caso do francês Rolland
Villard e também do austríaco
Hans Donner. “Na Europa não
sabem o que é felicidade”, diz
Donner, na tela. “Quando viajo,
tenho pena deles: não sabem o
que é feijoada, o que é ter a
Mangueira no fim de semana”,
completa a cantora Alcione,
maranhense que adotou o Rio
como morada há 46 anos.

Libero Saporetti, dono da ideia
junto com Álvaro Rodrigues,
explica que quis “mostrar a
história dos habitantes sem intermediários”.
O filme foi produzido
pela Diretoria Cinematográfica,
numa parceria com
o canal GNT.


O cenário é uma beleza
Uma megaestrutura com quase 20
metros de altura — como uma
passarela, com os carros trafegando
embaixo — vai ser construída pela
prefeitura na Avenida Atlântica para
abrigar os estúdios de TV que irão
transmitir os jogos da Copa do
Mundo. Os estúdios, claro, querem
aproveitar a vista da praia como pano
de fundo de suas transmissões.

Segue a história
Com dois andares, a passarela, na
altura da Rua Joaquim Nabuco, vai
custar R$ 3,85 milhões. A licitação será
no mês que vem, e a empresa escolhida
terá 30 dias para tirar a estrutura do
papel. Depois da Copa, terá outros 30
dias para desmontar tudo.

Vem coisa ótima aí
Martinho da Vila vai um gravar um
disco só com sambas-enredos inéditos
que compôs para a Vila Isabel. Sai pela
Biscoito Fino ainda neste ano.

Um teto que cai
O temporal de quinta-feira fez estrago
no Rio Design Barra. Parte do teto da
Fiametta desabou às 19h30m, quando a
casa estava cheia — por sorte, o reboco
caiu sobre uma mesa vazia.

 O outro lado
Val Santos, chef executiva da Fiametta,
diz que a varanda do restaurante, onde
caiu parte do teto, é responsabilidade
do shopping. “Tivemos um enorme
prejuízo e muito desconforto com os
clientes. Agora queremos ser
ressarcidos pela administração”, diz.

Como na vida real
A peça “Edypop”, que faz um
cruzamento do mito de Édipo com
fatos dos dias de hoje, incluiu um
diálogo atualíssimo. Quando o Rei
Laio é confrontado pela Esfinge, ela
diz: “O que você tem para me dar?”.
E ele: “Contratos sem licitação,
helicóptero, minha casa em Angra...”.
A plateia quase morre de rir.

 Meu escritório é na praia
 A relação do cantor e compositor Leo
Tomassini com o Arpoador é tão forte
que ele batizou seu disco recente com o
nome daquele trecho da praia. “É a
minha casa”, diz. Outra citação à área é a
música “Elizabeth”, numa referência à
Rua Rainha Elizabeth, que liga o Posto
Seis ao Posto Oito. Caetano Veloso e o
violonista Guinga participam do CD.

Chegou a hora de reagir
Cansado dos preços indecentes da
cidade, o estilista Carlos Tufvesson
propõe uma reação: “Viu alguma coisa
absurda, não compre. Enquanto
continuarem a pagar, o preço continua a
subir”, diz. Tufvesson sugere a criação de
um grupo de fiscais, “como os do
Sarney, lembra?”. A ideia é que eles
denunciem os preços pelas redes
sociais, como as páginas “Não pago
preço absurdo” e “Rio $urreal”.

 Performance cheia de luz
Artista plástico e acrobata, João
Penoni vai usar uma roupa coberta
por lâmpadas de LED na performance
“Lúmen”, na Casa Daros, no dia 7. A
ideia é transformar seu corpo em uma
escultura luminosa e em movimento,
dialogando, digamos assim, com a
obras da exposição “Le Parc Lumière”,
todas cinéticas e luminosas.

 Eu amo as galinhas
Maitê Proença teve que lidar, outro dia,
com uma espectadora que, da plateia,
praticamente contracenava com o
elenco numa sessão da peça “À beira do
abismo me cresceram asas”. Assim que
a personagem de Maitê disse “há quem
ache estranho amar galinhas...”, a
mulher, na segunda fila, retrucou: “Eu
não!”, e em seguida... cacarejou.

Segue a história
Quando outro personagem falou “se a
moça for boa de conversa não vai ser
boa de cama”, a mesma espectadora
emendou: “Ihhhh, eu sou ótima!”.

‘Deixei rolar’
A moça seguiu nesta pegada por toda a
peça, dando gritos e aplausos fora de
hora. “Várias vezes eu pensei em parar
e tentar contê-la, mas preferi deixar
rolar”, diz Maitê. Ao final, na fila de
cumprimentos, a espectadora ainda
perguntou à atriz: “Atrapalhei vocês?
Desculpe, mas me contive ao máximo.”

Aos famosos, tudo
Mal estar no consultório de Heloisa
Rocha, a médica ortomolecular das
celebridades. Uma paciente não
famosa que esperava a consulta, já
com duas horas de atraso, viu a
secretária passar a atriz Guilhermina
Guinle na sua frente. “Fui embora
para nunca mais voltar”, diz a
ex-paciente da doutora.

 Não vai ter área VIP
Produtora de eventos internacionais
de música eletrônica — como o Global
Gathering Festival e Love Saves The
Day —, a inglesa Zeina Radd tem
circulado pela cidade em busca de
pessoas “com uma vibe positiva”. Elas
serão as convidadas especiais da festa
“More love”, no sábado, na Estação
Leopoldina. Zeina já foi ao Viaduto de
Madureira, Baixo Gávea, praia de
Ipanema, Lapa e Vidigal. Gostou da
vibe do pessoal nesses lugares

Gosto de vitória - Helena Celestino

Snowden teve uma estrondosa vitória, Dilma e Angela Merkel também venceram. O pedido de desculpas exigido pela presidente brasileira chegou com mais de quatro meses de atraso, mas veio diante das câmeras do mundo, sexta-feira, no mais do que anunciado discurso de Obama sobre as mudanças no megalomaníaco programa de espionagem dos EUA. Não sem o toque de arrogância agora adicionado à narrativa do presidente sobre seu país; ao anunciar que não grampearia mais os telefones de chefes de Estado estrangeiros, com um sorrisinho, avisou que não pediria desculpas pela maior competência das agências americanas de Inteligência, ao fazer o mesmo trabalho de informação de todos os outros países do mundo. Faltou agradecer ao ex-técnic da Agência de Segurança Nacional o download de 1,7 milhão de documentos que revelaram o desvio totalitarista do Estado americano e obrigaram o governo a reconhecer “o potencial” da NSA para abusos e desrespeitos às liberdades civis.

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