quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

E nós com isso? - Francisco Bosco


‘Todo ano observo com perplexidade a atenção imensa que se presta à premiação do Oscar’

Todo ano observo com perplexidade, misturada a algum tédio e uma dose de revolta, a atenção imensa e generalizada que se presta à premiação do Oscar. Entre, digamos, as instituições culturais mundiais, o Oscar é uma das mais anacrônicas. Trata-se de uma cerimônia de autocelebração do cinema estadunidense, onde se premia a cinematografia deles, mais exatamente, certa cinematografia deles — e a que não faltam a categoria de melhor filme estrangeiro e eventuais exceções inesperadas ocupadas por estrangeiros em outras categorias para confirmar a regra do provincianismo à americana, que é a autossuficiência.

O filho e a mãe-coragem - Zuenir Ventura

O estudante Stuart Angel, que esta semana deu nome a uma escola pública no bairro de Senador Camará, foi submetido em 1971 a um ritual atroz. Preso na Base Aérea do Galeão por atividade subversiva, não resistiu ao suplício: amarrado a um jipe, com a boca presa ao cano de descarga, passou a ser arrastado até que, com o corpo esfolado, morreu envenenado pelos gases tóxicos do carro. O também militante Alex Polari foi quem, tendo presenciado a tortura da janela de sua cela, relatou-a em carta à mãe de Stuart.

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MARTHA MEDEIROS - Infiltrações

Zero Hora - 27/02/2013

“Aqui tudo parece que é ainda construção, e já é ruína”.

Conversava com um amigo sobre o vexame que foi a abertura daquele buraco no conduto Álvares Chaves na semana passada, durante um dos temporais mais enérgicos ocorridos em Porto Alegre, e nos veio à lembrança essa parte da letra da música Fora da Ordem, do Caetano Veloso.

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Fantasmas - Roberto Damatta

Neste final de mês, lembrei-me de uma instituição bem conhecida e pouco estudada - a amizade -, que tanto nos ajuda nas agruras (e no saboreio) desta vida, ao passar virtualmente uma semana na Carolina do Sul, Estados Unidos, entre Atlanta, Charleston e Seabrooke Island.

Ao longo desses poucos dias frios e chuvosos, desfrutei de uma grata e ensolarada hospitalidade do casal Bete e Conrado Kottak, que nos recebeu e proporcionou raros e ilustradíssimos passeios pelos locais históricos dessas cidades sulistas tão densas de história e memória da guerra civil de 1861-65. Esse conflito, que fez o sul dos Estados Unidos, uma região tão parecida em concepção de vida e trabalho com o Brasil, perder parte de sua identidade, quando foi incorporada por meio da força das armas à "União", então presidida por Abraham Lincoln. 



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