O carioca é ciclotímico
em relação ao Rio, que costuma ser para ele a melhor ou a pior cidade do
mundo. Aqui não há lugar para vice (os vascaínos que o digam). Nossa
percepção e humor variam entre a euforia e a depressão. Até outro dia
era a melhor, estava bombando. Vivíamos um momento histórico. A paz
urbana finalmente chegara, os investimentos também, os turistas estavam
adorando, os hotéis iam ficar superlotados. A cotação estava lá em cima.
Tudo parecia pronto para a nossa gente bronzeada mostrar o seu valor
nos próximos eventos: Jornada Internacional da Juventude, Copa das
Confederações, Copa do Mundo, Olimpíadas. O Brasil, o Rio
principalmente, comemoraram antes da hora. Acreditou-se no fim da
violência, no milagre das UPPs, festejou-se tanto os novos tempos que a
Brahma resolveu neutralizar as vozes que advertiam para os problemas não
resolvidos. Contra o bordão "Imagina na Copa", ela lançou a resposta
euforizante do pilequinho cívico: "Vai ser a melhor festa já vista."
Diante desse clima de exagerado otimismo, atos de barbárie como o
inominável estupro da jovem americana na van foram um brutal choque de
realidade que abalou nossa autoestima e manchou nossa imagem. O risco
agora, para a população, é cair na depressão e, para as autoridades,
atribuir tudo de ruim ao acaso e à fatalidade.
Recebi e-mail do prefeito com reparos à coluna do dia 3. Cedo-lhe a palavra. Sobre o Elevado do Joá, ele diz que o chamado "estudo da Coppe" é na verdade "um estudo da prefeitura que contratou a Coppe para fazer um levantamento aprofundado que nunca havia sido feito. Perguntei então: devo interditar o elevado? Resposta: não. O que devo fazer? Demoraram dois meses para me apresentar uma solução definitiva de R$ 70 milhões, que está em execução. Jamais economizaria em tema como esse."
Sobre a TransOeste: "A empresa responsável pelo lote 2 ganhou a licitação e executou mal a obra. A fiscalização da Secretaria de Obras apurou o defeito e exigiu que fosse refeito. Não estamos gastando um tostão. É como se estivesse na garantia. Óbvio que eu preferia que empresas incompetentes não pudessem participar de processos licitatórios."
Sobre o Engenhão: "Essa é uma herança que recebi (junto com a Cidade das Artes). Quem construiu me trouxe um laudo apontando risco (supostamente por erro do engenheiro e seu modelo matemático). Não tinha outra alternativa a não ser interditar. E quem fez é que vai ter que pagar o conserto."
Para terminar, Eduardo Paes deixa no ar uma dúvida: "Temos aqui nossos defeitos, mas diria que nos dois primeiros casos os problemas e/ou soluções são de engenharia. No caso do Engenhão, não posso afirmar."
Recebi e-mail do prefeito com reparos à coluna do dia 3. Cedo-lhe a palavra. Sobre o Elevado do Joá, ele diz que o chamado "estudo da Coppe" é na verdade "um estudo da prefeitura que contratou a Coppe para fazer um levantamento aprofundado que nunca havia sido feito. Perguntei então: devo interditar o elevado? Resposta: não. O que devo fazer? Demoraram dois meses para me apresentar uma solução definitiva de R$ 70 milhões, que está em execução. Jamais economizaria em tema como esse."
Sobre a TransOeste: "A empresa responsável pelo lote 2 ganhou a licitação e executou mal a obra. A fiscalização da Secretaria de Obras apurou o defeito e exigiu que fosse refeito. Não estamos gastando um tostão. É como se estivesse na garantia. Óbvio que eu preferia que empresas incompetentes não pudessem participar de processos licitatórios."
Sobre o Engenhão: "Essa é uma herança que recebi (junto com a Cidade das Artes). Quem construiu me trouxe um laudo apontando risco (supostamente por erro do engenheiro e seu modelo matemático). Não tinha outra alternativa a não ser interditar. E quem fez é que vai ter que pagar o conserto."
Para terminar, Eduardo Paes deixa no ar uma dúvida: "Temos aqui nossos defeitos, mas diria que nos dois primeiros casos os problemas e/ou soluções são de engenharia. No caso do Engenhão, não posso afirmar."