terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

‘Cosmococas’ e Plutão - CRISTINA RUIZ-KELLERSMANN


Apesar do frio e da neve, o ano em Berlim começa em alta, com três momentos que marcam o calendário de inverno da cidade: a Fashion Week, a Transmediale/CTM e o Festival de Cinema de Berlim

Apesar do frio e da neve, o ano em Berlim começa em alta, com três momentos que marcam o calendário de inverno da cidade: a Fashion Week, a Transmediale/CTM e o Festival de Cinema de Berlim. Estes eventos acontecem na sequência trazendo novas caras, novos ares e muitos visitantes talentosos à cidade.


O que é que a favela tem?

Levantamento inédito, que vai virar livro
e guia, mapeia a rica e desconhecida produção
cultural de cinco comunidades pacificadas


Mauro Ventura 

Gilberto Vieira (à esquerda) e Jorge Barbosa, do Observatório de Favelas, na Maré, estão à frente da pesquisa cultural
Foto: Mônica Imbuzeiro
Gilberto Vieira (à esquerda) e Jorge Barbosa, do Observatório de Favelas, na Maré, estão à frente da pesquisa cultural Mônica Imbuzeiro
Tem o Chorando à Toa, grupo de choro da Rocinha. E o Teatro Trevo, companhia de dança de rua da Cidade de Deus. Tem ainda a RT Pipas, do Complexo do Alemão, que, como o nome indica, fabrica e vende pipas. Já a Unidos de Manguinhos ensina a tocar instrumentos e a sambar na quadra da escola de Manguinhos.

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Congresso exige mais negociação de Dilma - Raymundo Costa

A nova formatação das Mesas da Câmara e do Senado, definida no fim de semana, vai exigir da presidente Dilma Rousseff mais negociação com deputados e senadores. É certo que tanto Renan Calheiros quanto Henrique Eduardo Alves, respectivamente, assumem as presidências das duas Casas fracos em virtude das acusações de malfeitos feitas contra eles no período que antecedeu as eleições. Mas as pressões e interesses em jogo, no último biênio do mandato de Dilma Rousseff, vão muito além do PMDB, e podem ter reflexos sobre a economia e a atividade empresarial.

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Bombeiro que deu o alvará à boate Kiss diz ter feito "tudo dentro das normas"

Bombeiro que deu o alvará à boate Kiss diz ter feito "tudo dentro das normas" Lauro Alves/Agencia RBS
Coronel da reserva garante que boate tinha plano de prevenção a incêndio Foto: Lauro Alves / Agencia RBS
 
Francisco Amorim e Lizie Antonello*

A boate Kiss só foi aberta em 2010 porque o então major Daniel da Silva Adriano considerou o local seguro para o público. Mesmo sem um Plano de Prevenção e Combate a Incêndio — fato que ele nega —, o oficial assinou o alvará do Corpo de Bombeiros, permitindo que a casa noturna fosse autorizada a funcionar pela prefeitura. Conhecido na sociedade santa-mariense, Adriano, que chegou a ser chefe regional da Defesa Civil, agora é coronel da reserva.

Em entrevista ao Diário de Santa Maria e Zero Hora (veja abaixo) afirmou ter feito "tudo dentro das normas" ao assinar o alvará que chancela segurança na Kiss — palco da maior tragédia da história gaúcha, que vitimou, até agora, 237 jovens. Outros personagens, citados no fim desta página, ajudam a entender o papel de cada órgão e servidor na concessão do alvará de funcionamento da boate.

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Sob velha direção: Os novos donos do Congresso

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Com Renan Calheiros na presidência do Senado e Henrique Alves na da Câmara, o PMDB se consolida no comando do Congresso e se fortalece na negociação para as eleições de 2014. Porém, assim como os novos presidentes das duas Casas, vários integrantes das duas Mesas Diretoras e líderes de bancada são investigados ou citados em escândalos. Ao chegar para tomar posse, Renan enfrentou protestos.
Tudo dominado
Com vitória de Henrique Alves, PMDB lidera Congresso e ocupa linha sucessória de Dilma
Isabel Braga, Cristiane Jungblut
BRASÍLIA - Favorito e com o apoio de 20 partidos, o deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) foi eleito ontem novo presidente da Câmara dos Deputados com 271 votos, um placar que ficou aquém da vitória acachapante que os peemedebistas esperavam. Cacique do partido e com 11 mandatos como deputado federal, Alves venceu outros três candidatos no primeiro turno, mas com apenas 22 votos além dos 249 exigidos regimentalmente. Os peemedebistas apostavam em adesão de pelo menos 300 deputados. A avaliação foi que a traição partiu principalmente do PT, do PSD e até mesmo do PMDB.

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Rumo ao interior - XICO GRAZIANO

O Brasil está interiorizando seu desenvolvimento. Basta averiguar um traço espacial da economia brasileira em 2012: o PIB da Região Centro-Oeste apresentou crescimento de 3,3%. Apesar de modesto, esse valor foi sete vezes maior do que o verificado na Região Sudeste, que subiu apenas 0,5%. Rumo ao interior.

É muito interessante perceber tal fenômeno, apontado pela consultoria Tendências. Onde impera o setor industrial - em São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, parte também no Espírito Santo - anda capengando o País. Já onde domina a agropecuária - nos Estados de Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, e até no Distrito Federal - instala-se um círculo virtuoso de prosperidade. Embora sofrendo as deficiências da infraestrutura logística e, de certa forma, amargando o descaso do governo, os agronegócios têm animado a economia brasileira.

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PAULO SANT’ANA - Ainda o desarmamento

O governo de São Paulo, encabeçado por Geraldo Alckmin, fez uma intensa campanha dirigida aos cidadãos.

O lema da campanha: “Proteja sua família. Desarme-se”.

O governador pensa, pois, que, quanto menos armas portarem os paulistas, menos eles serão atingidos pela criminalidade.

É um curioso raciocínio. Porque não está provado que as armas usadas pelos bandidos sejam arrecadadas através de furtos e roubos sobre os cidadãos.

Pelo contrário, o que se sabe é que a maioria das armas usadas pelos bandidos é contrabandeada.


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Malditos preços, benditos preços - Ilan Goldfajn

Os preços atraem muita emoção quando se mexem. É natural, alguns ganham e outros perdem. Mas os preços fazem parte do funcionamento das economias. Há preços dos bens e serviços, mas também do trabalho (salário), do dinheiro e do tempo (juros), das empresas (ações) e até da nossa moeda em relação às outras (câmbio). A tentação dos governos é mantê-los sob mira curta, por diversas razões. Certamente para combater a inflação e evitar excessos derivados de monopólios, porém, em alguns casos, para tentar influenciar os rumos da economia.

A questão é que os preços têm um papel público também: eles sinalizam quando sobra ou falta algo. Afinal, a lei mais conhecida da economia é a da demanda e oferta, em que os preços sobem quando falta o produto e caem quando sobra. Um preço subindo pode não ser apenas sinal de injustiça ou inflação, mas de escassez ou ineficiência que mereça atenção. A liberdade dos preços traz a transparência necessária para ajudar na correção de rumos, muitas vezes de forma natural, quando eles sobem para reduzir o consumo e aumentar a oferta (ou vice-versa).

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Hegemonia? - Fabiano Santos

Duas questões relevantes e interligadas surgem deste início de ano legislativo: que impacto o controle das duas Casas legislativas pelo PMDB pode causar sobre a dinâmica política? Mais especificamente, em que medida ver-se-iam alterados os fundamentos das relações entre o Executivo e o Legislativo?

É importante assinalar, antes de mais nada, que o cenário que desponta é o de continuidade. As escolhas de Renan Calheiros e Henrique Alves não resultam de um realinhamento de forças na base governista nem de movimentos inesperados do chamado "baixo clero". Tratou-se, nos dois casos, da consagração de entendimentos entre as lideranças do Legislativo a respeito de como conduzir o processo político intramuros.

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Depois, o show continua - Luiz Garcia

O noticiário dos jornais sobre as consequências do incêndio na boate Kiss, no Rio Grande do Sul, tem um tema predominante: as providências que estão sendo tomadas em outros estados para evitar tragédias semelhantes.

Ainda bem: é sempre sensato correr na frente do prejuízo. Aqui, por exemplo, o governo estadual e a prefeitura carioca decidiram suspender os espetáculos em 49 espaços culturais, que incluem 13 teatros, que funcionam sem autorização dos bombeiros. A plateia agradece. Mas os cidadãos mais sensatos não podem evitar a pergunta óbvia: porque isso só acontece ante o impacto de uma tragédia?

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O Congresso saiu do armário - Arnaldo Jabor

Arnaldo Jabor - O Estado de S.Paulo
O congressista bateu no peito e me disse, em alto e bom som:

"Vocês não sabem o que é a mente de um deputado ou senador. Durante muito tempo, fomos criticados como os mais corruptos soldados do atraso nacional, porque os brasileiros vivem angustiados, com sensação de urgência. Problema deles: apressadinhos comem cru. Nosso conceito de tempo é outro. É doce morar lentamente dentro dessas cúpulas redondas, não apenas para 'maracutaias' tão "coisas nossas", mas porque temos o direito de viver nosso mandato com mansidão, pastoreando nossos eleitores, sentindo o 'frisson' dos ternos novos, dos bigodes pintados, das amantes nos contracheques, das imunidades para humilhar garçons e policiais. Detestamos que nos obriguem a 'governar'.

Inventaram as tais 'fichas limpas', nos xingavam de tudo, a ponto de nossa credibilidade ficar realmente abalada. Pensamos muito no que fazer para limpar o nome do Congresso. Mas a pecha de traidores colou em nós. Não podíamos ficar expostos à chacota da opinião pública, nem ser admoestados pelo Supremo Tribunal Federal, que resolveu se meter em política, principalmente depois que aquele negão pernóstico (bons tempos em que chamávamos mulatos cultos de 'pernósticos'), resolveu pegar em nosso pé. 


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Janio de Freitas - Um trio inovador

Renan Calheiros, Henrique Alves e Eduardo Cunha oferecem uma síntese do estado das instituições

É uma situação sem precedente na história parlamentar brasileira: o eleito para a presidência do Senado, o eleito para a presidência da Câmara dos Deputados e o eleito para a importante, quando não decisiva, liderança na Câmara do partido-chave para o governo, estão pendentes de inquéritos e decisões judiciais. Por diferentes motivos, mas não por coincidência, os três já foram ou estão investigados em improbidades financeiras.

A coincidência se dá no Judiciário: os processos de Renan Calheiros, Henrique Eduardo Alves e Eduardo Cunha entram em ano após ano, mas em pautas de julgamento jamais são chamados a entrar.

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Joel Silveira - Carlos Heitor Cony

RIO DE JANEIRO - Emocionante o documentário de Geneton Moraes Neto exibido pelo canal Globo News no último sábado, sobre Joel Silveira, apresentado como o "maior repórter brasileiro". Pessoalmente, duvido sempre de expressões como "o maior" isso ou aquilo. O próprio Joel considerava João do Rio como o maior repórter, e eu sempre discordei dessa escolha. Conheço uns cinco que foram melhores do que ele, o Joel inclusive.

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Eliane Cantanhêde - As palavras e os atos

BRASÍLIA - Renan Calheiros, presidente do Senado, e Henrique Eduardo Alves, presidente da Câmara, têm muito em comum.

Os dois são do PMDB, partido do vice-presidente da República, Michel Temer. Vêm de Estados menores, Renan de Alagoas e Henrique do Rio Grande do Norte. Estão às voltas com o Ministério Público por práticas públicas heterodoxas.

São também parlamentares muito experientes, que conhecem cada canto e cada segredo do Congresso e ascenderam a cargos nacionais sendo essencialmente políticos regionais, que poderiam ser de São Paulo, do Rio ou de qualquer outro Estado, mas sempre com teto regional.

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Helio Schwartsman - A ética como meio

SÃO PAULO - Em seu discurso ao plenário do Senado, na sexta, Renan Calheiros levantou uma questão interessante. Disse que a ética é um meio, e não um fim em si mesmo. Vale explorar mais a afirmação.
 
Num sentido muito trivial, o novo presidente do Senado tem razão. Exceto por alguns kantianos patológicos, ninguém sustenta que a ética é a meta final da humanidade. As pessoas costumam escolher outros objetivos para dar significado às suas existências, como a salvação, no caso de religiosos, ou apenas viver uma boa vida, como preferimos os incréus

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João Pereira Coutinho - É proibido proibir?

Mas como responder aos direitos das "mães de aluguel"? Ou até dos "filhos comprados"?

É um dos vícios do mundo moderno: a crença patética de que tudo é possível, tudo é permissível. Ou, como diziam os filhos do maio de 68, é proibido proibir.
Um caso ilustra esse vício com arrepiante precisão: as "barrigas de aluguel".

Li a excelente matéria de Patrícia Campos Mello publicada nesta Folha no domingo. E entendo a pergunta que anima o negócio: se um casal não pode ter filhos por infertilidade da mulher, por que não contratar os serviços de uma "mãe de aluguel", que terá o seu óvulo fecundado pelo espermatozoide do pai adotivo?

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José Simão - Ueba! O Pato virou coelho!

A gente cria apego. Eu cresci vendo o Sarney pela televisão. O Sarney e a Xuxa! Rarará!

Buemba! Buemba! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! Adorei a charge do Paixão! Sabe o que o Sarney falou pro Renan? "Cuida bem, que eu volto já!" Saudades do Sarney! A gente cria apego. Eu cresci vendo o Sarney pela televisão. O Sarney e a Xuxa! Rarará!

E olha o e-mail que recebi de um baiano: "O Carnaval tá quase acabando e você não veio!". É que hoje, no Nordeste, se você ligar um liquidificador, sai todo mundo correndo atrás pensando que é trio elétrico!

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