‘Todo ano observo com perplexidade a atenção imensa que se presta à premiação do Oscar’
Todo ano observo com perplexidade, misturada a algum tédio e uma dose
de revolta, a atenção imensa e generalizada que se presta à premiação
do Oscar. Entre, digamos, as instituições culturais mundiais, o Oscar é
uma das mais anacrônicas. Trata-se de uma cerimônia de autocelebração do
cinema estadunidense, onde se premia a cinematografia deles, mais
exatamente, certa cinematografia deles — e a que não faltam a categoria
de melhor filme estrangeiro e eventuais exceções inesperadas ocupadas
por estrangeiros em outras categorias para confirmar a regra do
provincianismo à americana, que é a autossuficiência.
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