domingo, 24 de fevereiro de 2013

Filhos de presos torturados carregam a dor do passado

Décadas depois, homens e mulheres não esquecem das imagens que viram nos porões da ditadura

Thiago Herdy 

Janaína não esquece o sofrimento dos pais no Doi-Codi; com 5 anos, ela e o irmão Edson, de 4, foram presos Foto: Eliaria Andrade / Agência O Globo

Janaína não esquece o sofrimento dos pais no Doi-Codi; com 5 anos, ela e o irmão Edson, de 4, foram presos 
SÃO PAULO - “Mãe, por que você está azul e o pai está verde?”, perguntou Janaína Teles à mãe Maria Amélia ao visitá-la na carceragem do Doi-Codi, órgão da repressão subordinado ao Exército, em São Paulo. Tinha apenas 5 anos e ficou presa junto com o irmão Edson, de 4, em uma sala trancada, de onde saíam apenas para ir ao banheiro, sob o comando do general Brilhante Ustra. Ernesto Nascimento, filho de Manoel Dias e Jovelina, já tinha sido entregue à adoção pelos agentes do regime quando os pais foram libertados para serem trocados pelo embaixador alemão.

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