PLÍNIO FRAGA
plinio.fraga@oglobo.com.br

RIO - A letra é cursiva e desenhada com esmero, traçando um poema
inédito sobre os tempos idos: “Será senhor que é pecado ser velho assim
como sou (?) Será que esta juventude pensa que o tempo parou (?)”.
Angenor de Oliveira só concluiu o ensino fundamental, morreu aos 72
anos, em 1980, consagrado como Cartola, em razão do chapéu que escolheu
usar. Mas seus últimos escritos, revelados agora no livro “Divino
Cartola — Uma vida em verde e rosa”, de Denilson Monteiro, mostram as
amarguras de uma vida em sua maior parte dura.
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