‘Hoje, o mundo se tornou um hipermercado. E o campo digital tornou esse hipermercado globalizado em tempo real’
Há algumas semanas, Hermano Vianna publicou aqui um comentário (assim
entendi, pois a menção não era explícita) à edição da “Carta Capital”
que declarava “o vazio da cultura” brasileira contemporânea e, nos
termos do editorial de Mino Carta, a “imbecilização do Brasil”. Na
“Carta” dessa semana, Vladimir Safatle volta ao tema, afastando-se do
modo como Mino Carta tratou o problema — uma avaliação objetiva e
negativa sobre a qualidade das obras produzidas hoje — e lançando
questões oportunas, como a necessidade de se repensar a noção de
“cultura popular”. Farei aqui um comentário indireto às visões de
Hermano e Safatle (talvez volte a elas mais detidamente na próxima
semana), chamando atenção para um ponto que me parece importante nessa
discussão.
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