O GLOBO - 10/03/2013
No
futuro próximo, os recém-nascidos, ainda na maternidade, terão vários
chips implantados no cérebro e serão conectados antes de aprenderem a
falar, talvez numa rede social especializada
Esse negócio de
Google tirou a graça de muitas coisas. E dificultou a vida dos que
mourejam nas letras, obrigados por profissão e ganha-pão a escrever com
regularidade, fazendo o que podem para atrair o interesse de leitores e
mostrar serviço, pois bem sabem que a mão que afaga é a mesma que
apedreja e o quem-te-viu-quem-te-vê será o destino inglório daqueles que
dormirem no ponto. Antes do Google, o esforçado cronista recorria a
almanaques e enciclopédias e deles, laboriosamente, extraía novidades
para motivar ou adornar seu texto. Agora todo mundo pode fazer isso num
par de cliques. Além do mais, o cronista podia também exibir-se um
pouco, o que talvez trouxesse algum benefício ao combalido Narciso que
carrega n’alma, além de realçar-lhe a reputação. Somente alguns poucos,
entre os quais ele, tinha tal ou qual informação, ou lembrava certos
pormenores, em relação ao assunto comentado. O Google acabou com isso e
quem hoje em dia chegar ao extremo de escrever algo do tipo “você
sabia?” se arrisca a desmoralização instantânea.
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