Terça-feira fez 60 anos que uma hemorragia cerebral matou Sergei
Prokofiev. Imagine a comoção popular provocada pela morte do grande
compositor russo. Imagine a repercussão na imprensa local e o
congestionamento de repórteres na Praça Vermelha, perto da qual
Prokofiev passou seus últimos anos de vida. E fique imaginando, porque
nada disso, à exceção da morte do compositor, aconteceu no dia 5 de
março de 1953.
De fato houve em Moscou, naquele dia, muita agitação popular e
jornalística em torno de um morto, só que o defunto não se chamava
Sergei, mas Josef, nem compunha música, era um ditador, o soba de todas
as Rússias. Quis o pérfido destino que Prokofiev entregasse a batuta
justo no dia em que Stalin finalmente bateu as botas. A coincidência foi
a última humilhação imposta pelo líder soviético ao compositor que
tanto perseguira, chantageara e penalizara desde o final da década de
1930.
LEIA AQUI
Nenhum comentário:
Postar um comentário