segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

A nova juventude - Carlos Alberto Di Franco

A Europa continua sob o fogo cerrado de uma crise econômico-financeira sem precedentes. Os números do desemprego na Espanha, por exemplo, são assustadores. Dados divulgados recentemente apontam que 26% da população está sem trabalho, totalizando quase 6 milhões de pessoas. Mais da metade dos jovens está sem emprego. Assiste-se ao comprometimento de toda uma geração. O país vive uma fuga crescente de jovens talentos. Em um ano, a população de 20 a 24 anos diminuiu em 100 mil pessoas; de 25 a 29 anos a queda foi de 150 mil. O impacto da crise entre os jovens preocupa as autoridades e suscita análises sociológicas.

A juventude europeia não foi preparada para a adversidade. A frustração apresenta uma pesada fatura: violência, aborto, doenças sexualmente transmissíveis, aids e drogas. A ausência de cenários promissores compõe a trágica equação que ameaça destruir o sonho juvenil e escancarar as portas para uma explosão de contestação.

O quadro brasileiro é bem diferente. Felizmente. Temos, é certo, muitos problemas - violência, drogas, corrupção, desigualdade, baixa qualidade da educação -, todavia somos um país de gente alegre, com capacidade de sonhar. Expectativa de futuro define a vida das pessoas e o rumo das sociedades. "O Brasil", dizia-me um conhecido jornalista espanhol, "tem muitas coisas que não funcionam." Mas acrescentou: "Vocês têm problemas, porém têm alegria, fé, futuro. Nós, europeus, perdemos a esperança".

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