Bebia-se muito. Naquele tempo, éramos todos muito jovens, e o corpo
aguentava coisas que não gosto nem de lembrar. Eu mesmo, hoje um
abstêmio convicto e radical, fui parar duas vezes no pronto-socorro em
coma alcoólico. Um deles durante o desfile do Carnaval de Pelotas, em
que eu fazia o papel de Princesa do Bloco das Almôndegas.
Modéstia à parte, eu estava belíssima, enfiada num peignoir azul que
minha mãe tinha usado na noite de núpcias. Arranquei suspiros na
avenida e, máximo dos máximos, conquistei o coração de um velho bêbado. A
ponto de ter que pedir ajuda aos amigos para me livrar do admirador que
não largava do meu pé, ou melhor, da minha cintura.
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