segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

KLEDIR RAMIL - Outros carnavais

Bebia-se muito. Naquele tempo, éramos todos muito jovens, e o corpo aguentava coisas que não gosto nem de lembrar. Eu mesmo, hoje um abstêmio convicto e radical, fui parar duas vezes no pronto-socorro em coma alcoólico. Um deles durante o desfile do Carnaval de Pelotas, em que eu fazia o papel de Princesa do Bloco das Almôndegas.

Modéstia à parte, eu estava belíssima, enfiada num peignoir azul que minha mãe tinha usado na noite de núpcias. Arranquei suspiros na avenida e, máximo dos máximos, conquistei o coração de um velho bêbado. A ponto de ter que pedir ajuda aos amigos para me livrar do admirador que não largava do meu pé, ou melhor, da minha cintura.

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