- Álbum que reuniu João Gilberto, Stan Getz e Tom Jobim consolidou a bossa nova no mundo, disputando atenções e prêmios com os Beatles
Leonardo Lichote

RIO - No bilhete, o baixista Tião Neto mandava notícias (“news
quentinhas”, como chamou) dos músicos brasileiros em Nova York: “Estamos
gravando dia e noite. Eu, por exemplo, gravei para a Verve um LP de
b.n. (bossa nova), em companhia de Stan Getz, João Gilberto,
Tom Jobim e Milton Banana. Embora minha opinião seja suspeita, acho que o
disco vai ser o melhor de b.n. internacional gravado até hoje”. O
texto, publicado em 11 de abril de 1963 na coluna “O GLOBO nos discos
populares”, deste jornal, fazia referência a “Getz/ Gilberto”, gravado
um mês antes e lançado no ano seguinte — Tião não citara a participação
de Astrud Gilberto. Mais que uma “opinião suspeita”, o relato atestava a
sensibilidade de seu autor em identificar no álbum, gravado há 50 anos,
um clássico — desde o lançamento, louvado por músicos de jazz e
aclamada pelo público em geral, acumulando Grammys e semanas nas parada
de sucessos, mantendo-se influente até hoje.
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