Humberto Werneck - O Estado de S.Paulo
Ameacei
contar, dois domingos atrás, como foi que cortei, sem um pingo de
heroísmo, meus três maços diários de cigarro, no remoto ano 81 do século
20. Mas tiene muchas ramas el árbol de mi conversación (esta é do Pablo
Neruda), tantas que, desgarrado, acabei não desembuchando um episódio
que pode ser assim resumido: parei de fumar porque fumei demais. Enjoei.
Nos últimos tempos, acendia um cigarro sem ver que outro ardia no
cinzeiro. Como esses amores vencidos que por inércia vão remanescendo,
aquilo já não tinha gosto. De manhã, adiava o instante de acender o
primeiro, por conhecer de sobra o mal-estar que me traria; a vontade era
começar pelo segundo.
E para conhecer melhor o projeto The Last Cigarette Portraits, que o cronista menciona, o leitor poderá visitar a página www.facebook.com/the.last.cigarette.portraits.
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